Corra pro abraço no MASP!
Prepare o seu abraço. Está marcado para o dia 7 de dezembro, próximo sábaso, um abraço simbólico em torno do MASP contra o bloqueio do vão livre. A ideia de cercar o espaço repercutiu quando um editorial do jornal O Estado de S. Paulo defendeu a instalação de cercas em torno do museu para, em nome da moral e dos bons costumes, expulsar eventuais moradores de ruas, usuários de drogas, manifestantes, eu e você de usufruir do local.
A voz do jornal corrobora com a do curador do museu, Teixeira Coelho que exprimiu sua indignação quando o Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional recusou seu pedido para instalação de tais grades.
A urbanista Raquel Rolnick, em seu blog, contrapõe a ideia das cercas: "se nos choca e indigna ver o vão do Masp (e outros espaços públicos) ocupado por pessoas viciadas em crack e moradores sem teto, é de políticas públicas decentes de saúde mental, de moradia e de assistência social que necessitamos, com urgência".
O professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP (IAU), Renato Anelli, complementa que "o vão livre é um espaço público da cidade, que foi reconhecido pelos seus cidadãos. Neste momento em que o agravamento das condições de segurança parecem justificar o seu cercamento, a cidade precisa demonstrar que a liberdade que ele representa é importante para ela. Por isso, defendemos que a simples repressão - com cercamento e polícia - não é um bom caminho. Ele deve ser objeto de políticas integradas das áreas de saúde pública, inclusão social, e, se ainda necessário, de ação das instituições de segurança pública. Tenho certeza de que uma ampla demonstração de afeto pelo vão livre do Masp ajudará a torna-lo um lugar exemplar para a cidade."
O FANZINEURBANO apóia a manutenção do Masp sem grades e convida vocês para abraçar a sua cidade, saiba como clicando na fanpage do movimento aqui
SOBRE O MASP
No edifício de aproximadamente 10.000 metros quadrados, há, além dos espaços expositivos e da pinacoteca, biblioteca, fototeca, filmoteca, videoteca, dois auditórios, restaurante, loja, oficinas, ateliê, espaços administrativos e reserva técnica. O acabamento é simples. "Concreto à vista, caiação, piso de pedra-goiás para o grande Hall Cívico, vidro temperado, paredes plásticas. Os pisos são de borracha preta tipo industrial. O Belvedere é uma ‘praça’, com plantas e flores em volta, pavimentada com paralelepípedos na tradição ibérico-brasileira. Há também áreas com água, pequenos espelhos com plantas aquáticas", descreve Lina Bo Bardi, afirmando: "Não procurei a beleza. Procurei a liberdade." Em 2003, o edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
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