subway ::: under my skin ou a chacina sexista de ella
No subterrâneo Ella decidiu vingar todo seu ódio. Mais uma vez estava descontrolada, cheia de fel e com sede travessuras. O plano era perfeito, na verdade copiado do Curinga. Gás venenoso com um localizador de gênero. O gás mortal de Ella era inofensivo às mulheres, mas capaz de fazer bofes, escrotos e chauvinistas caírem no sono por horas a fio, os mais imbecís morreriam imediatamente.
Com seu joguinho de química, presente de aniversário de seis anos de idade, Ella saiu testando combinações voláteis na sala de seu flat sujo na Alameda Campinas. Assim, louca de barbitúricos, prosecco e com sede de vingança, Ella voltaria para a primeira página dos mais sórdidos periódicos. Assim desejou e assim o fez.
Durante a manutenção das estações, Ella foi até a sala de controle operacional da Vergueiro, seduziu quatro seguranças, matou o chefe de manutenção, se apaixonou pelo operador de limpa-trilhos e invadiu o sistema de ar condicionado central. O pulmão do metrô paulista estava a disposição de Ella. Do nécessaire tirou tubos de ensaio contendo a arma letal. Algumas gotas eram suficientes, mas como os barbitúricos e o álcool já tinham batido na cabeça doidivanas de Ella, um litro e meio da solução foi despejado nas tubulações.
Em poucos minutos, às gargalhadas, Ella observava pelos monitores da SSO todos os homens desfalecendo como ratinhos brancos de laboratório pelas plataformas quentes do subterrâneo. De Corinthians Itaquera a Guilhermina Esperança, todos tombaram!
Finalmente o mundo, pelo menos o subterrâneo, era d´Ella. Insana e muito agitada decidiu poupar o operador de limpa-trilhos, único espécime sobrevivente da chacina sexista. Ele seria seu escravo nas próximas semanas e apareceria estampado nas páginas amarelas da Veja, relatando aos sobreviventes como, com apenas uma mobilete, um corpete e um chiclete Ella voltou a figurar no noticiário policial.
Para ser lido ao som de Cereti (Tetine)
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