temporada em trancoso



Um grande amigo meu, após uma temporada de oito meses em Trancoso, volta para São Paulo. Ele chega cheio de histórias de mar, baladas ao sol e momentinhos com aquela direção de arte típica de Trancoso. Confesso que, com este tempo de muito frio e estações indefinidas pelo efeito estufa, seria perfeito passar uns oito dias por lá. Lembro da minha primeira vez na Praia do Espelho... Um casal jogava gamão na grama, à sombra de coqueiros, entre almofadões de palha e chita. Ainda sinto o cheiro do peixe daquele almoço. Hoje, anos depois, longe do sol e com aquela cor de escritório, tudo que eu mais queria era abandonar o cimento e ir para as areias de Trancoso. Quicar nas festinhas com pretensão de Ibiza, fritar pelas praias e voltar arrepiando. Mas meu amigo, esse que está de volta a Sampa, com um rápido rolé pela Consolação e Augusta já dava suspiros de contentamento. Como num estado febril urbanóide que toma conta dos sentidos e agradece pela ensurdecedora música urbana. Eu ainda sonho com Trancoso.

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